O fogo se alastra por todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Das 79 cidades, 32 registraram focos de incêndios nas últimas 48 horas. Ao todo, o estado tem 389 pontos de calor ativos. Os dados são do sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) BDQueimadas.
Corumbá, na região do Pantanal, lidera o ranking com mais focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, são 97 pontos de calor. Depois, Porto Murtinho, com 45, e Jateí, ao sul do estado, com 41. Desde junho deste ano, 12 cidades do estado estão em situação de emergência por causa dos incêndios florestais.
Veja a lista com as 10 cidades com mais focos abaixo:
No sul, Ponta Porã (MS) - que fica na fronteira entre Brasil e Paraguai - já está encoberta de fumaças de incêndios vindos do país vizinho. Em Miranda, no Pantanal, as chamas assustam até os bombeiros, que estão acostumados com o combate ao fogo.
Em Sidrolândia, moradores do Assentamento Santa Mônica foram surpreendidos pela força do vento e o fogo. Faíscas levaram as chamas para propriedades rurais nessa quarta-feira (11). Nesta quinta (12), produtores ainda tentam apagar as chamas com ajuda de brigadistas. Na semana passada, todo o estado ficou encoberto pelas fumaças dos incêndios.
O que antes era uma preocupação apenas no Pantanal, tem tomado proporções maiores. A escalada dos incêndios é veloz por todo Mato Grosso do Sul e assusta moradores. Segundo especialistas, a seca severa e falta de chuva têm aumentando a propagação das chamas.
Ao todo, quatro cidades do estado não registram chuvas há mais de 100 dias. Chapadão do Sul (MS) é a cidade mais afetada, com 150 dias sem chuva, seguido por Paranaíba (MS), com 149 dias sem precipitações. Na terceira posição aparece Cassilândia (MS), com 147 dias, e Costa Rica (MS), com 109.
O Assentamento Santa Mônica fica em Sidrolândia, região central de Mato Grosso do Sul. De acordo com as informações do Corpo de Bombeiros, o incêndio de grandes proporções atingiu morros ao redor das propriedades rurais. Moradores tentam apagar o fogo com mangueiras e baldes cheios de água.
Em uma espécie de mutirão, bombeiros, produtores rurais e a população juntos apagaram os focos de incêndio que ameaçavam residência e criações de gado. Nesta quinta, brigadistas permanecem no local atentos aos ventos e a direção do fogo.