A Polícia Civil de São Gabriel do Oeste, interior de Mato Grosso do Sul, identificou o autor de um perfil falso que fazia publicações críticas ao prefeito eleito, Leocir Montanha (PSD), e à sua esposa, Cleire Arguelho. A conta “Maria Maria”, que disparava acusações de desvio de função e alertava que o município “caminhava para a miséria”, era administrada por ninguém menos que o ex-secretário de Assistência Social da gestão anterior, Juciley Pereira Magalhães.
Tudo veio à tona após o prefeito registrar um boletim de ocorrência por calúnia e injúria. A investigação da Polícia Civil rastreou o IP do computador usado nas postagens, conectando o conteúdo ao CPF e número de telefone do próprio Juciley.
Em depoimento, ele confessou ser o autor, justificando que se sentiu constrangido e desrespeitado após um episódio em uma conveniência, onde foi abordado por aliados do atual prefeito. Afirmou que não teve intenção de prejudicar, apenas de “ser ouvido” e que jamais escondeu sua identidade de forma “maliciosa”.
“Talvez o canal não tenha sido o mais apropriado”, disse Juciley. “Mas não agi com má-fé. Nunca citei nomes. Só queria respeito.”
Agora, além do processo inicial, o vice-prefeito Rogério Rohr também pretende registrar novo boletim de ocorrência pelas postagens que, segundo ele, atingiram sua família diretamente.
O caso reacende o debate sobre os limites entre liberdade de expressão e discurso de ódio, o uso de perfis falsos como arma política e o velho hábito de jogar pedra escondendo a mão.
Opinião é direito. Mas injúria, calúnia e difamação são crimes mesmo atrás de um nome inventado.
E você? Acha que perfil fake é liberdade de expressão ou covardia digital?
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